01 maio 2008

Nota curiosa

Dois anos de inatividade. Estou pensando em retomar. Claro que ninguém vai ver essa mensagem, até eu começar a escrever. E ainda assim só se eu convida-los a vir conhecer...

Por onde começo a tirar o pó? Afinando esses textos antigos cheios de erros e alguns initeligiveis? Ou partindo pro 'desenferruge' direto em texto novo?

Será que vou mesmo ou fazer alguma coisa, ou é só fase da lua...

14 junho 2006

Pessoal e Intimo

Até que o orkut tem se mostrado uma ferramenta interessante. Tirando as vezes que entro para ver noticias da faculdade, ou pesquisar alguma (in?) utilidade como a musica da montanha encantada, nunca entro. Só vêm peixinhos, clique aqui, e veja nossas fotos. Nada útil afinal (menos do que a musica da montanha!!). Só que hoje fui pega desprevenida. Chegando da faculdade, resolvi conectar e procurar um termo que caiu na prova, e nunca ouvi falar: Chapelonas. Dai, como o msn eu também tô extinguindo, resolvi conectar e ver o que acontecia. Alguns amigos chamaram. E durante a conversa, nada pra fazer, fui 'fuçar' no orkut. Me deparei com 369 amigos. Naqueles 8 que ficam no canto, todos pessoas que trazem aquele sorriso melancolico ao rosto. "Será que ela tá feliz?" "Será que continua ranzinza como no colégio?" Será que ainda lembra de mim... pois é.Dos 369 amigos, acho que 19 lembram de mim durante o dia. Aqueles que encontro na facul, no trabalho, no caminho. E aqueles que encontrava no colégio? onde estão? Não sei. Ainda os amo, ainda sorrio com eles. Lembro as vezes no meio do nada, daquele dia lembra? Papai noel é gay, o saco é de brinquedo.Aquele eu lembro quando se apaixonou pela melhor amiga. Caraca, que sufoco. O outro, quando conheci num quarto/cozinha no centrão velho de Sp: fui com sua cara, quer ser meu amigo?Tantas pessoas que cruzei... 369 é um numero tão pequeno em relação a todos os que foram ficando pra tras. Tantas lágrimas compartilhadas. Tantas que escondi de você. Tantas que você causou. Tantas que você secou. Faz tempo que não me dispo assim. Nem lembrava qual era a sensação. Nunca tirei toda a armadura (lembra guerreiro, armaduras e espadas... tantas metaforas para coisas tão simples!).Tive momentos ótimos com cada um de vocês. Tá, têm uns desses 369 que não sei quem são. Mas sei que se estão no meio, quiseram me proporcionar essas conversas, trocas de confidencias e risadas que os outros me proporcionaram.Sinto falta do conhecer alguém. Nem está tocando no rádio, mas tem aquela música que fica no ouvido... O que eu queria dizer pra você, e é pra você especificamente, que um dia me viu sorrir completamente por sua causa, e me viu chorar inexplicavelmente; é que meu amor não acabou.Sou sua amiga, apesar de 'enrolada' com a vida, continuo aqui. Tenta. Me força a te ouvir um minuto. Me faz sorrir um segundo com você. Pois hoje, estou sentindo sua falta.E só eu sei a falta que você me faz.

Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar
Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora
Hoje é do jeito que achou que seria?
Quantos amigos você jogou fora
Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber
Quantas mentiras você condenava
Quantas você teve que cometer
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você
Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você...
não deixe de acreditar em mim...

15 outubro 2005

O Beijo

O beijo foi o último presente que me deu. Quente. Longo. Úmido. Não me lembro bem como começou. Estávamos conversando sobre o que faríamos com o nosso apartamento... se venderíamos; se um ficava com o imóvel e o outro com os carros. Não me lembro.

O beijo nasceu do nada. Não houve um olhar anterior; olhar que responde à dúvida do porvir. Não houve um toque leve de dedos. Ou um mexer de cabeça. No meio da frase, se pagaríamos ou não a empregada para continuar com a faxina no apartamento fechado, o beijo criou-se, existiu. E permaneceu por infinitos minutos. Eternos segundos. Em suspensão.

E o beijo terminou. E tentou-se continuar a conversa. Eu, sinceramente, não consegui. Ele tentando; eu transtornada. Estávamos nos separando, porra. O beijo. A separação. Confusa. Fitei-o sem saber o que fazer. Olhei para o chão. Teto. Abajur. Cortina. Janela. Praia. Fechei os olhos. Ele pediu para esquecer. Pegou as chaves em cima do sofá. Fechou a porta com cuidado para eu não sentir a sua falta. O vazio tomou conta da minha boca.